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Rainha Elizabeth II bate recorde de permanência no trono da Inglaterra

Ela ultrapassa Rainha Vitória contando 63 anos e 217 dias. Londres teve homenagem no Tâmisa com desfile de barcos e tiros de canhão.


Esta quarta-feira (9) é um dia histórico para a monarquia britânica. A Rainha Elizabeth II vai bater um recorde de permanência no trono. Oficialmente, vai ser justamente na hora do chá, às 17h30 de Londres, 13h30 pelo horário de Brasília.
Mas a verdade é que ninguém sabe exatamente o instante, porque não se sabe o momento exato em que morreu o pai da Rainha Elizabeth, que é quando começa a contagem do tempo de reinado.
Mas apesar da importância da data, hoje não é feriado, é dia normal de trabalho. Nos últimos dias a imprensa de Londres deu muita importância a essa data. E Elizabeth dá sinais de que vai ficar ainda muito tempo onde está. 
No seu longo reinado, Elizabeth II viu o mundo mudar de forma rápida. Do avião a hélice às sondas siderais. Ela ultrapassa a Rainha Vitória contando 63 anos, 217 dias. Outros monarcas como a Elizabeth I, sua trisavó Vitória, seu avô Jorge V e seu bisavô Eduardo VII deram nome a suas épocas. Fala-se em período Elizabetano, Vitoriano, Georgiano. Mas Elizabeth Alexandra Mary, a Elizabeth II, não dará seu nome à era em que vivemos.
Muitos republicanos aproveitam esse argumento para exigir o fim da monarquia, mas são justamente os contrastes agudos desta época que chamam a atenção para esse reinado, que vai ser o mais longo da história do reino. A rainha vem de uma dinastia que, ao que tudo indica, vai continuar depois dela. Ela mudou regras de sucessão para manter tudo como está. E por essa noção de continuidade, o seu longo período vai se tornar uma era histórica especial.
Viveu crises, tragédias e perdas. Seu pai assumiu porque o tio abdicou; seus filhos tiveram casamentos desastrosos. Foi criticada depois da morte da Princesa Diana, por ter demorado a se manifestar: falou seis dias depois.
Mas ela hoje é o centro de todas as ocasiões de festa e comemoração, o que a tradição da coroa impõe. A cada abertura do Parlamento faz o discurso da coroa, anunciando o que o governo eleito vai fazer.
Mas não se pronuncia sobre assuntos políticos, não dá entrevistas, não precisa de documentos, não declara imposto de renda. Foi o primeiro monarca a enviar um e-mail; a ter uma mensagem na lua. O primeiro a fazer uma participação em um programa transmitido pela televisão, contracenando com James Bond.
Muitos escoceses não gostam dela, galeses e irlandeses também não. Mas o Palácio de Buckingham e a Família Real são as maiores atrações turísticas deste reino.
Custam caro, mas atraem muito dinheiro. Mais do que as finanças, Elizabeth tem importância para os britânicos porque tudo viu, pouco disse e escreveu ainda menos. Cumpre exatamente o papel que se espera de um monarca em uma época de muitos ruídos e convulsões. Não muda, vem de longe e pensa no futuro.
A Rainha Elizabeth e o duque de Edimburgo estão na Escócia passando as férias de verão. Ao lado da primeira-ministra escocesa, o casal embarcou em uma linha de trem que vai ser inaugurada oficialmente nesta quarta-feira (9). Liga a capital Edimburgo à fronteira escocesa e é a maior construída no Reino Unido nos últimos cem anos.
Em Londres, a homenagem foi no Rio Tâmisa com um desfile de barcos antigos e modernos uma salva de tiros de canhão. No Parlamento Britânico o primeiro-ministro David Cameron agradeceu a monarca pela inspiração e a dignidade com que exerce seus deveres de rainha.
A Rainha Elizabeth chegou a pensar em não comemorar a data. Ela acredita que não tem tanta importância, que só registra o fato de que o pai morreu cedo e ela assumiu o trono muito jovem. Mas no final acabou cedendo à pressão popular e até final do dia pode fazer um raro discurso para alegrar os seus súditos.

Dinamarca permitirá passagem de refugiados

Viagens de trem para a Alemanha serão retomadas progressivamente. 
3.200 pessoas entraram no país desde a noite de domingo (5).


Policial dinamarquês brinca com menina migrante que caminhava pela rodovia E45, na fronteira germano-dinamarquesa, em direção à Suécia (Foto: Claus Fisker/ Scanpix Denmark/ AFP)


Policial dinamarquês brinca com menina migrante que caminhava pela rodovia E45, na fronteira germano-dinamarquesa, em direção à Suécia (Foto: Claus Fisker/ Scanpix Denmark/ AFP)

A polícia da Dinamarca anunciou nesta quinta-feira (10) que vai permitir a passagem pelo país dos refugiados que já estão no território dinamarquês e não desejam permanecer no local.
"Não podemos reter os estrangeiros que não pedem asilo na Dinamarca", afirmou o chefe da polícia nacional, Jens Henrik Højbjerg.
As forças de segurança, que admitem estar sobrecarregadas com a situação, calculam que 3.200 pessoas entraram no país desde a noite de domingo (5).
"Estamos em uma situação em que não há nenhuma possibilidade de reenviar (os estrangeiros) a seus países de origem. Não podemos manter tantas pessoas em retenção indefinida, por isto não resta outra opção que deixá-los em liberdade, e não podemos impedir que viajem para onde desejarem", completou Højbjerg.
As empresas ferroviárias da Dinamarca anunciaram que as viagens de trem para a Alemanha, suspensas na quarta-feira (9) , serão retomadas de maneira progressiva nesta quinta-feira, na fronteira de Padborg.
Um pouco mais ao leste, em Rødby, centenas de refugiados que chegaram da Alemanha por trem começaram a deixar a cidade em diferentes meios de transporte. A maioria deseja seguir viagem até a Suécia.




Migrantes dormem em estação de trem no norte da Alemanha. Na quarta-feira, o serviço de tens entre a Alemanha e a Dinamarca foi interrompido. O tráfego será retomado a partir desta quinta-feira progressivamente (Foto: Christian Charisius/ AP)



Papa simplifica anulação de casamento da Igreja Católica

Papa Francisco ri com bebê no colo durante audiência no Vaticano

Papa Francisco modificou os procedimentos da Igreja Católica Apostólica Romana para as anulações de casamento, de acordo com a Reuters. Os detalhes do documento, que deverá racionalizar e simplificar o procedimento, serão divulgados na terça-feira (8) em uma conferência de imprensa no Vaticano.
O Vaticano afirmou nesta segunda-feira (7) que o papa escreveu o documento “Motu Proprio”, que em latim quer dizer "por iniciativa própria". Ele muda a forma como os católicos podem obter anulações, que é uma decisão era esperada por católicos que se divorciaram em todo o mundo.
Para conseguir um "decreto de nulidade" é preciso mostrar que o casamento não foi válido de acordo com a lei da Igreja por falta de alguns pré-requisitos não terem sido respeitados como a livre vontade, a maturidade psicológica e a abertura para ter filhos.
Os católicos que se divorciam e se casam novamente fora da Igreja são considerados ainda casados com sua primeira esposa e vivendo em um estado de pecado, o que os impede de receber sacramentos como a comunhão.
Casais e sacerdotes afirmam que os procedimentos atuais são muito complicados e desatualizados de maneira que desencorajam mesmo aqueles com razões legítimas para fazer uma anulação.

No domingo (6), o Papa Francisco pediu para que toda paróquia e comunidade religiosa na Europareceba ao menos uma família imigrante cada, em um gesto de solidariedade que, segundo ele, começará pelo próprio Vaticano.
Na terça-feira (1º), o  papa anunciou que dará permissão a todos os padres para perdoar formalmente as mulheres que tiveram abortos e buscarem perdão durante o Ano Santo da Igreja Católica, que vai de dezembro de 2015 a novembro de 2016.

Papa Francisco muda procedimentos para anulação de casamentos

Expectativa é de que o processo seja simplificado.
Detalhes serão anunciados em entrevista no Vaticano na terça-feira.


07/09/2015 13h14 - Atualizado em 08/09/2015 08h24

Papa Francisco muda procedimentos para anulação de casamentos

Expectativa é de que o processo seja simplificado.
Detalhes serão anunciados em entrevista no Vaticano na terça-feira.

Papa simplifica  procedimentos para anulação de casamentos

Papa cumprimenta recém-casados em sua audiência semanal no Vaticano  (Foto: Giampiero Sposito/ Reuters)

Processo era criticado por ser lento, caro e demorado.
Trâmite será gratuito e se tornará mais curto para casos mais evidentes.

Papa Francisco simplificou os procedimentos para anulação de casamentos. O pontífice determinou que o trâmite será gratuito para todos e mais curto para os casos mais evidentes.
Além disso, o "motu propio" (carta papal), divulgado pelo Vaticano nesta terça-feira (8), estabelece que apenas uma sentença bastará para decretar a nulidade, ao invés das duas que eram exigidas até agora.

Nos casos mais evidentes, o bispo da diocese será juiz, com o objetivo de que as decisões respeitem "a unidade católica na fé e na disciplina", segundo a agência France Presse.

O recurso ao tribunal da sede apostólica romana, a Rota, continuará sendo possível, mas para casos excepcionais.
O processo para conseguir um "decreto de nulidade" era criticado por ser lento, caro e demorado. Casais e sacerdotes afirmam que os procedimentos atuais desencorajavam mesmo aqueles com razões legítimas para fazer uma anulação.

Para conseguir o "decreto de nulidade" é preciso mostrar que o casamento não foi válido de acordo com a lei da Igreja porque alguns pré-requisitos não foram respeitados como a livre vontade, a maturidade psicológica e a abertura para ter filhos.

Esta reforma democratiza, então, o procedimento de anulação do casamento católico, mas não modifica os motivos que justificam as anulações, um tema que será abordado pelo sínodo dos bispos em outubro, segundo a agência France Presse.

O papa reafirma a “indissolubilidade do matrimônio” e nega qualquer laxismo. As mudanças anunciadas pelo Vaticano são consideradas as mais profundas dos últimos séculos, de acordo com a Reuters.
Os católicos que se divorciam e se casam novamente fora da Igreja são considerados ainda casados com sua primeira esposa e vivendo em um estado de pecado, o que os impede de receber sacramentos como a comunhão.

No domingo (6), o Papa Francisco pediu para que toda paróquia e comunidade religiosa na Europa receba ao menos uma família imigrante cada, em um gesto de solidariedade que, segundo ele, começará pelo próprio Vaticano.
Na terça-feira (1º), o  papa anunciou que dará permissão a todos os padres para perdoar formalmente as mulheres que tiveram abortos e buscarem perdão durante o Ano Santo da Igreja Católica, que vai de dezembro de 2015 a novembro de 2016.

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